O cancro pode chegar a qualquer um. Muitos
consideram-no a doença do século e há mesmo quem afirme que poucos se livrarão
dele no futuro.
Hoje quero falar da forma como os outros vêm a
pessoa com cancro e do “Eu”.
Acredito que no passado se tenha mesmo pensado
tratar-se de uma doença contagiosa. Hoje todos sabem que não é assim, contudo
será sempre algo que só acontece aos outros.
Na rua
cruzamo-nos com pessoas que nos olham como se fôssemos cair logo ali, também há
os que nos dizem que ainda podemos viver meia dúzia de anos ou pouco mais.
Felizmente também há muitas palavras de apoio e
muitas histórias de pessoas que já viveram dezenas de anos após o cancro. Há
pouco tempo falei com uma pessoa que o ultrapassou há mais de trinta anos, num
tempo em que a ciência estava muito longe do que é hoje.
“Eu” é aqui a palavra mais importante. Quando
nos surge esta doença, precisamos de começar a selecionar as conversas. É
preciso ser-se racional em muitos momentos. Não é fácil, depois de uma reação
perturbadora é preciso respirar fundo, pensar, acalmar e seguir em frente.
“Eu”
deverá ser a palavra mais importante a partir de agora. É o tempo de nos
dedicarmos a nós em primeiro lugar. Muitos de nós estavam habituados a cuidar
dos outros, pois agora será o momento de esperar o contrário.
Selecionar conversas é muito importante e fugir ao negativismo que sem querer nos transmitem também.
ResponderEliminarAs colegas e amigas do meu local de trabalho foram fundamentais para eu me ir equilibrando emocionalmente. Confiar na equipa médica é essencial.
Concordo contigo. Tu também és fundamental para muitas de nós. Beijos.
EliminarEste é um blogue e uma doença que dizem-me muito.
ResponderEliminarNão vou relatar a história do pai. Contudo, posso garantir que a minha avó paterna,com cancro de mama nos anos 50 sobreviveu. Também a minha mãe, com um tumor numa glândula salivar, já removido há 3 anos tem vencido. Encarou a doença com um sorriso, ainda que sofrido.
Que as vossas famílias sejam Luz, assim como os que vos rodeiam.
Grande abraço.
Paulo
http://sonhosdesencontrados.wordpress.com